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GLP vende ativos a Blackstone por US$ 18,7 bi
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O Blackstone fez o maior negócio imobiliário privado na história ao acertar a compra do portfólio de armazéns nos Estados Unidos da empresa GLP, de Cingapura, por US$ 18,7 bilhões, incluindo dívidas. A transação, anunciada no domingo, foi concluída depois de uma longa disputa de ofertas contra a ProLogis, segundo uma fonte.

A carteira de armazéns industriais da GLP nos EUA inclui cerca de 1,3 mil propriedades, o que vai ampliar ainda mais a presença do Blackstone no setor imobiliário e solidificar a posição do grupo como um dos donos de propriedades mais diversificado no mundo.

Quando o negócio for concluído, a Blackstone vai ganhar uma área adicional de 16,63 milhões de metros quadrados em propriedades para operações de logística, quase dobrando sua presença nos EUA. No mundo, o grupo americano já comprou mais de 86,4 milhões de metros quadrados de propriedade do setor de logística desde 2010.

A aquisição da Blackstone chega em um momento de interesse cada vez maior em empresas de logística e armazéns, já que os investidores apostam no crescimento das compras pela internet. A Amazon, maior empresa de comércio eletrônico do mundo em receita, é a maior inquilina da GLP.

“A logística hoje é nossa maior convicção no que se refere a investimentos mundiais e esperamos expandir nosso portfólio existente para atender à crescente demanda do comércio eletrônico”, disse Ken Caplan, cochefe internacional do setor imobiliário na Blackstone.

A GLP vai usar os ganhos com a venda “para devolver um valor significativo a seus investidores e para reinvestir nos EUA”, disse uma fonte a par dos planos da empresa.

Stephanie Lau, analista sênior da Moody’s, disse que, se o valor bruto – que ela calcula em cerca de US$ 1,87 bilhão, levando em conta as participações de 8% a 10% da GLP nos três fundos vendidos à Blackstone – for usado para desalavancagem, “obviamente isso será positivo para o crédito”.

“A empresa estava tendo uma maior alavancagem depois da privatização”, disse Lau, referindo-se ao fechamento de capital da GLP, que deixou de ter ações negociadas na Bolsa de Cingapura em janeiro de 2018.

De acordo com os cálculos da Moody’s, a dívida líquida da GLP no fim de 2018 era de 13 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) pelo critério conhecido como “look through”, que dá mais ênfase ao longo prazo. “Estamos esperando que, com o tempo, a empresa faça uma desalavancagem para cerca de nove vezes mais ou menos.”

A GLP, controlada por um consórcio de investidores da Ásia e dos EUA, estudou a abertura de capital de sua unidade nos EUA, segundo fontes. “A estratégia inicial da GLP era tentar uma oferta pública inicial de ações”, disse uma das fontes. “No entanto, logo ficou claro que esta transação com a Blackstone proporcionaria o melhor valor para os investidores da GLP.”

Como parte do acordo com a GLP, a Blackstone que também vai assumir dívidas líquidas de US$ 8 bilhões, vai dividir os ativos comprados em duas unidades independentes que ficarão sob seu controle.

Depois da venda da maioria de seus ativos americanos, a empresa de Cingapura vai dedicar-se a expandir-se novamente nos EUA, assim como na China, Japão, América Latina e Europa.

A Blackstone vendeu sua empresa de armazéns na Europa, a Logicor, para a China Investment Corporation, o fundo soberano asiático, por cerca de € 12,25 bilhões em 2017.

Fonte: Valor Econômico Online

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