“O mercado de galpões ensaia um início de recuperação, nos primeiros meses deste ano, com mais consultas por potenciais ocupantes, abertura de concorrências para desenvolvimento de projetos sob medida (“build to suit”) e algumas contratações de aluguel em áreas de empreendimentos já existentes. É uma sinalização de tendência de melhora, pois os preços de locação de galpões seguem pressionados, devido ao excesso de oferta em algumas regiões.
No primeiro trimestre, a Global Logistic Properties (GLP) – maior do segmento com atuação no Brasil – alugou 17 mil m2 de galpões especulativos, ou seja, construídos sem locação prévia, para o segmento comércio eletrônico. Tem havido procura por espaços por parte de empresas de varejo, principalmente eletrônico, e farmacêutica e autopeças, segundo o presidente da GLP, Mauro Dias.
Dias acredita que, após um período de retração do segmento de galpões, há sinais “mais consistentes” do aumento da demanda por espaços e que o segmento já vive a inflexão da tendência. “Este é um ano de retomada do crescimento, ainda que modesta, e de queda de juros”, afirma. Há alguns projetos de construção sob medida em negociação, mas nenhum foi fechado ainda. “As negociações de ‘build to suit’ são mais longas”, afirma.
Ele tem expectativa de mais equilíbrio entre oferta e demanda neste ano, quando se espera menos entregas do que em 2016. No ano passado, a atuação da GLP foi mais pautada em renovações e renegociações de contratos do que em novas contratações. Em média, o preço do metro quadrado locado pela GLP ficou em R$ 22,8 em 2016, acima dos R$ 21,1 de 2015. No fim do ano passado, a vacância no portfólio estabilizado (entregue há mais de 12 meses) era de 11%.
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