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Estado tem mais disponibilidade de galpões industriais
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A assessoria imobiliária Engebanc realizou, pela primeira vez, uma pesquisa com 30 empresas tomadoras de áreas.O resultado mostra que escritórios corporativos de alto padrão fecharam o terceiro trimestre do ano comdisponibilidade de 23,3% (ou seja, de cada 100 colocados no mercado, cerca de 23 não foram ocupados), enquantoo industrial ficou em 21,3%.Apesar do cenário atual, o levantamento apurou que para 50% dos entrevistados, o portfólio de produtos oferecidosnão está adequado. Destes, mais de 60% acreditam que este é o momento ideal para investir ou mesmo desinvestir.“Percebemos também o movimento flight to quality (processo migratório do padrão intermediário para o alto), commaior possibilidade de negociação e carência”, diz o gerente sênior de pesquisa e inteligência de mercado daEngebanc, Leandro Angelino.Na área de escritórios, o levantamento mostrou, ainda, que para 25% das empresas entrevistadas a região daAvenida Brigadeiro Faria Lima ainda é a mais desejada para trabalhar. Empreendimento com segurança 24 horas equantidade de vagas de garagem é importante para 66% dos entrevistados.Por sua vez, o mercado de galpões industriais encerrou o terceiro trimestre deste ano com taxa de disponibilidadenacional em 18,1%, enquanto o Estado de São Paulo tem taxa de 21,3%, com estoque total de 6,7 milhões de m². “Oque acontece em São Paulo é que os galpões que entraram no mercado entre em 2012 e 2013, eram frutos de umperíodo de crescimento. Quando os projetos foram concluídos, nos últimos 12 meses, a demanda encolheu de 10% a20% e a oferta aumentou”, analisa.Assim, os operadores desse mercado dizem que os galpões logísticos de classe A tem estoque mais baixo esuperaram, segundo a Engebanc, a marca dos 11 milhões de metros quadrados em todo o País no terceiro trimestre.A GLP Properties, empresa com foco em galpões de alto padrão para locação, parques logísticos, que comercializaterrenos de 500 mil metros quadrados a 1 milhão de m², tem em São Paulo 88% do seu mercado e 2,831 milhões dem².“Geralmente, os espaços são alugados por várias empresas. Regiões com raio de até 50 km da capital paulista têmbastante demanda. O apelo para a capital é muito forte”, diz a diretora de desenvolvimento da GLP, ClarisseEtcheverry.Segundo Clarisse, os galpões de alto padrão são aqueles que oferecem instalações capazes de proporcionarelevado nível de produtividade, permitindo à empresa atuar de maneira mais eficiente. Ela defende que o mercado degalpões é o menos afetado no setor imobiliário. Para Clarisse, isso ocorre porque as empresas buscam ganhos deprodutividade e redução de custos com altos padrões de qualidade. “Nossa taxa de vacância é de 5%, ou seja, temosocupação 95%.”Salas comerciaisSalas Região da Faria Lima é a mais desejada para salas e lajes corporativasHora de produzir. Em relação ao mercado de escritórios e de lajes corporativas, o CEO da Vitacon, AlexandreFrankel Lafer, há muito imóvel no entorno da Faria Lima e vendas fracas para novos imóveis.“As vendas para os lançamentos estão baixas. Este é um excelente momento para produzir, com entrega para 36meses, quando o mercado deverá estar mais aquecido”, diz Lafer.Segundo o CEO da Vitacon, o preço dos imóveis corporativos tem apresentado queda. Na região da Faria Lima, opreço do metro quadrado estava acima de R$ 200 e hoje o valor registra redução de 20% a 25% sobre os valorespraticados há dois ou três anos.Lafer, cuja empresa tem empreendimentos na Vila Olímpia, destaca a troca de endereço da empresas, em busca deimóveis de alto padrão. “Clientes saindo de padrão B ou A e indo para nível bem acima, aproveitando o momento. Oativo bom em lugares bons sempre terá demanda.”Para entidade, momento é de negociaçãoPara o diretor da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Fernando Moura, o momentopara o mercado de imóveis corporativos é de negociação para conseguir melhores preços.“Está havendo uma dificuldade normal por causa do cenário econômico, que resulta também em oportunidade maiorpara migrar (flight to quality) para empreendimentos de com mais qualidade.”Na opinião do vice-presidente comercial da Abyara Brasil Brokers, Bruno Vivanco, o primeiro setor do mercadoimobiliário que sentiu o “aperto” foi o comercial. Ele lembra que o mercado acelerou com a chegada deempreendimentos para atender aos profissionais liberais que buscavam salas comerciais em regiões mais bemlocalizadas. “Naquele momento, todos eram potenciais investidores.”Vivanco lembra que a sala comercial é procurada quando está pronta, dificilmente o interessado compra na planta. “Acrise bateu e o mercado ficou com um volume enorme de empreendimentos prontos e entregues. Pouca demanda emuita oferta. Com isso, o preço de locação e venda caiu, se ajustou.”Segundo o VP da Abyara, o corporativo tem características diferentes, pois tem investidor profissional, que investeem lajes, prédios inteiros e o tomador, que são as empresas, dificilmente compram o espaço, a negociação é paraaluguel.O aluguel do m² que era R$ 220, está na casa dos R$ 150. “Um dos endereços mais sofisticados na região da FariaLima, tem espaço para alugar. Isso era inimaginável seis anos atrás”, afirma Vivanco

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