O aumento da demanda do comércio eletrônico tem impulsionado a construção de galpões e condomínios logísticos visando dar mais agilidade e solucionar gargalos nas entregas. Mas são tantos galpões e condomínios em obras que o setor enfrenta um outro gargalo: o da falta de materiais de construção.
Para não comprometer o cronograma de obras, as construtoras têm tentado diblar a alta nos preços e a falta de insumos antecipando pagamentos e voltando a fazer estoque — o que acaba gerando ineficiências e pressionando ainda mais os preços.
Na construtora Ribeiro Caram, especializada em obras industriais e comerciais, o conceito just in time tem sido substituído por uma antecedência de compras de 60 a 90 dias, principalmente para materiais de combate a incêndio, instalações elétricas e hidráulicas, vergalhão de aço, fibra de aço para piso de concreto, portas metálicas e estrutura metálica de cobertura.
— Estamos vivendo um desabastecimento de materiais e a previsão é que o mercado só seja normalizado em fevereiro de 2021 —, afirma Cezário Caram, presidente da Ribeiro Caram.
Diante do aquecimento da demanda em um setor que não parou na pandemia, a inflação de materiais e equipamentos da construção civil chegou a 6,99% no período de junho a setembro. Nos primeiros cinco meses do ano, a alta havia sido de 2,75%, segundo o índice INCC-materiais e equipamentos, da Fundação Getúlio Vargas.
A Ribeiro Caram tem um portfólio de 10 obras de logística em andamento e uma de outlet, num total de 654 mil metros quadrados. A construtora entrega no ano que vem a primeira fase de um dos maiores centros logísticos em construção hoje no país, para o fundo imobiliário GLP, na região de Guarulhos, em São Paulo. São dois galpões, que serão ocupados por grandes redes de varejo. Trata-se da maior obra da Ribeiro Caram tanto em valor financeiro como em área projetada.
Por Mariana Barbosa
Fonte: Blog O Globo
China
Europa
Índia
Japão
Global
